Blog Della

Blog pessoal da Bru desde 2012. Considere que escrevi alguns posts no auge da minha adolescência.

Bruna Della
27 anos. Capricorniana. Um cargo publico e passando por uma transição de carreira para cartomante e arteterapeuta junguiana. Umbandista, artista, cartomante, atriz e professora de teatro. Compartilhando desde os 15 anos minhas experiências em forma de textos, fotos e vídeos.

Livro: Sob o Céu de Cabul - Andrea Busfield

Sinopse: O Talibã se retirou das ruas de Cabul, mas as sombras de seu regime permaneceram. Fawad, um menino afegão esperto, charmoso e observador, conheceu a tragédia como ninguém: seu pai e irmão foram mortos e sua irmã foi seqüestrada. Sempre otimista, Fawad espera por uma vida melhor e seu sonho se realiza quando sua mãe, Mariya, consegue um emprego como governanta de Georgie, uma carismática mulher ocidental, e seus dois amigos estrangeiros. 
 Viver com o trio traz uma série de novidades, algumas assombrosas – dentre elas, a relação de Georgie com o poderoso guerrilheiro afegão Haji Khan, que faz com que esse homem terrível seja capaz de realizar surpreendentes atos de bondade. Mas a vida, especialmente em Cabul, sempre tem seus perigos e a próxima calamidade que Fawad deverá enfrentar ameaça destruir a única coisa que ele jamais pensava que poderia perder: o amor por seu país.


Autora: Andrea Busfield
Editora: Agir

 Mais um livro recebido pelo grupo Ediouro, maravilhosos sempre me proporcionam um contato com algo tão diferente e fora da minha realidade, um choque de cultura e ensinamentos de uma forma tão leve que nem percebo o quanto evolui ao finalizar cada livro.

 Este tem um toque especial, foi narrado em primeira pessoa por Fawad, um garoto Afegão que é maduro pra sua idade, inteligente e com um coração tão cheio de amor e conhecimento que no segundo capitulo você já se apaixona pelo jeitinho do garoto.

  Nessas 272 páginas muito bem diagramadas, a autora descreve a triste e sofrida história de um garoto comum, sim, comum no Afegão. Um garoto comum que sofre a cada dia mais do que sofremos em uma vida. A história já choca pois é descrito que seu pai e irmão foram mortos tentando honrar o país e sua irmã sequestrada, sobrando na família apenas sua mãe e ele, que após essa tragédia passaram a morar na casa da tia do garoto à favores.

 Sua mãe trabalhando muito e seu filho tendo que roubar muitas vezes os estrangeiros para poder ter o que comer no final do dia, até que sendo expulsa da casa de sua irmã a mãe se vê tendo que ir morar na casa de três amigos em troca de uma moradia e salário. Fawad vê um mundo totalmente novo para ser explorado.

 Os três americanos são: May, lésbica e engenheira; Georgia, a querida, amiga e apaixonada; James, o jornalista e "má influência" (pelo menos até uma parte rsrs). De inicio soaram estranhos ao pequeno que via seu mundo de um ângulo tão diferente: uma casa de verdade para morar, e ainda por cima morando com os americanos.

 Apesar dessas diferenças, a sintonia da casa foi melhorando a cada dia e um laço enorme foi criado entre essa nova familia. E é quando realmente as coisas começam a acontecer, Fawad se envolve em um novo trabalho, dá conselhos dignos de um adulto e mesmo sendo tão inteligente, mostra que ele ainda é um garoto, sua inocência é tão fofa e cheia de argumentos que no final olhava pra mim mesma e dizia 'Como nós adultos complicamos as coisas' haha, sérissimo... nós complicamos muito e olhar a vida através dos olhos dessa criança me fez perceber isso.

 Algumas situações do livro são simplesmente encantadoras e trágicas ao mesmo tempo, entendeu? Haha dificil explicar, apenas lendo para entenderem mesmo. Mas é tanto reviravolta por conta de uma cultura, uma guerra e diferenças que você fica se perguntando o como essas pessoas conseguem sorrir e viver com tanta dignidade e respeito entre eles mesmo, mantendo tantas tradições e sofrendo tanto #atédói :'(.

 Vamos ao final mas sem dar spoiler? O que eu disse para minha mãe é o seguinte: os capítulos finais são todos mudados por uma ultima frase, a ultima do livro todo e que me fez chorar litros (será que positivo ou negativo?).

 #Ficadica caso vocês queiram entrar de cabeça em uma literatura estrangeira nem um pouco americanizada e tão encantador quanto.

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