Sinopse: No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts (Carey Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com as novas feministas. Ela enfrenta grande pressão da polícia e dos familiares para voltar ao lar e se sujeitar à opressão masculina, mas decide que o combate pela igualdade de direitos merece alguns sacrifícios.
Direção: Sarah Gravon
Gênero: Drama/História
Para quem assim como eu, esperava um filme de ação, porém com mulheres, sinto-lhes informar; o filme vai muito além e com bem menos do que pensamos ser necessário.
Começo dizendo pela decepção que o filme me causou no sentido de: No trailer você vê ação, no filme você vê a realidade e nada daqueles filmes machistas onde mostra o homem poderoso, supremo, que contém a força de todos, que é lindo, gostosão e o tipico homem que todo menino gostaria de ser. Não, este filme mostra a luta pelas mulheres pelo voto, o abuso, o machismo e causa uma guerra interior muito maior do que a ação que rola no filme. É uma decepção plausível, uma decepção que faz refletir, uma decepção necessária e uma decepção que me faz querer aplaudir e sair lutando pelas injustiças que ainda existem no mundo.
Mulligan, que é a "protagonista" do filme, és uma mulher dependente de seu marido, educada para trabalhar e cuida dos filhos, uma mulher dedicada e que ama sua familia mas és chamada para lutar contra tudo isso, que lhe parecia ser "normal", não digo "bom" pois é visivel a cara de insatisfação no rosto das atrizes/mulheres que trabalham, então não, não é uma vida "boa", mas o filme nos mostra a vida "real/normal" que a um século atras pessoas com o nosso gênero viviam. Ela não é chamada a luta por mulheres que chegam e fala "oi migan, vem aqui virar sufragista conosco", ela é chamada por um olhar, por um toque, ela é chamada pela injustiça, pelo abuso, ela é chamada pela felicidade, ela é chamada por ver mulheres como ela, sem serem tratadas como seres humanos, sem serem tratadas como mulheres.
E em meio a uma das iniciativas, Mulligan acaba entrando em contato com as Sufragistas. Sufragio era um movimento que rolava entre as mulheres da Inglaterra e Estados Unidos para garantir o sufráfgio (direito ao voto nas eleições politicas). Com sutileza a moça acaba se envolvendo com o movimento e por conta disso é vista pela sociedade como a errada, traira e incapaz de cuidar de sua casa e familia. Levada para fora de casa, sua vida vira de ponta cabeça mas parece que sua cabeça e coração encontraram um motivo para viver.
O filme convida o telespectador a raciocinar junto a ele, vi algumas criticas referente a isso pois a direção não permite que você pense outra coisa; este é o momento de chorar, este é o momento de sentir raiva, este é o momento de ficar indignada e assim por diante. Penso que isso pode ser muito bom para algumas mulheres que ainda não tiveram conhecimento e não entenderam a luta e a força opressora que ainda existe nos dias de hoje, porém para quem curte uma reflexão mais abundante, pode ficar vago (bem relativo), enfim, depende do que o filme desperta em você e o tipo de filme que mais gosta.
Emmeline Pankhurt, uma das fundadoras do movimento Sufragista aparece vagamente no filme, mas é um vagamente que tem a força de um leão com a atuação da divina Maryl Streep. Para quem não conhece a história dessa mulher, vale dar uma lida a respeito para entender a importância e o poder.Não posso lhes dar mais informações dos acontecimentos, pois seria spoiler demais, mas já voz digo: o filme acaba bem? acaba mal? Para a resposta, basta observarmos os dias de hoje e vermos.
SPOILER OU NÃO, MAS A RESPOSTA DO 'ACABA BEM OU MAL':
Depende, o filme acaba bem pois mostra que infelizmente um ocorrido pode dar mais atenção ao problema, mas acaba mal pois não acaba com a conquista de fato. O final me fez refletir, pois me deixou um amargo na boca, um amargo de insatisfação e de olhar para minha própria realidade e ver o quanto ainda não posso ser humano, o quanto ainda falta para caminharmos em busca de nossos direitos. Me deu vontade de chorar? Deu! Me deu vontade de gritar? Deu! Mas me deu forças, para não desistir de dar as mãos as minhas manas e lutarmos juntas por um igual.
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