A primeira ideia ainda será executada e em breve posto para vocês porém com uma outra temática, pois ela me gerou ideias para performances então, vamos aguardar.
A segunda ideia era me inspirar na Francesca Woodman ela é uma fotografa norte-americana que ficou conhecida pelas fotos preto em branco da qual ela utiliza-se de sua própria imagem e serviu como uma das bases de estudo para a criação do espetáculo performativo Somente uns Restos de Água em uma Piscina Vazia, encenado por Daniel Gonzalez em 2017, o processo que me levou a conhecer a linguagem da performance e me colocou do avesso.
O que sempre me chamou atenção no trabalho da artista foi a utilização de espelhos e como explorava seu corpo na fotografia. Logo, a proposta era que gravasse meu corpo em movimento, porém que gravasse meu reflexo e não meu corpo diretamente, como nas fotografias da artista, como o outro me enxerga e não como eu me enxergo e em seguida escolhesse frames que me proporcionassem perceber meu corpo de um ângulo desconhecido.
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Um corpo em movimento da a forma a vários corpos, se transmuta em vários corpos e reflete as referências de outros corpos em movimento em um. Diariamente temos contato com corpos diferentes e muitas vezes inconscientemente nos apropriamos dele para ampliarmos nosso repertório do andar, dançar e viver. Somos todos influenciadores a todo instante.
Me gravar dançando não é o problema, o problema é deixar a barriga de fora e depois assistir o vídeo para escolher os frames, o difícil é assistir meu próprio corpo em movimento e aceitar que meu corpo em movimento é assim. O difícil é postar as fotos e videos para que todos possam ver meu corpo em movimento (isso é algo que venho trabalhando em mim mesma).
Os objetos que estão próximos ao espelho não foram escolhidos atoa. Tanto a caveira, espelho e placa foram parte do processo e resultado final do espetáculo já citado, do qual fiz parte. E eles em conjunto acredito que conversam muito, uma caveira, o reflexo de um corpo em movimento e uma placa que diz "Eu não vou discutir isso".
Finalizo propondo a vocês que explorem seus corpos, que o conheça, que o sinta e que o ame e que esse "amar" não é algo que decidimos da noite para o dia, é um processo da qual todas nós estamos inseridas. O aceitar o próprio corpo é dizer a si mesmo que se ama, mas para se aceitar é preciso se conhecer, cada detalhe do todo que é você mesma.
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