“É assim que acaba” de Collen Hoover deu o que falar, o livro fala sobre algo tão necessário que se tornou filme e bem, as fofocas do filme vocês já devem estar sabendo.
De qualquer forma, não cheguei nesse livro pelo hype e sim porquê todas as professoras comentavam sobre ele e diziam que era preciso ler, comentaram até “você vai sentir raiva o livro todo e no final entenderá”, eu não estava muito afim de sentir raiva, mas, a Leila do @canteirodelivros me sugeriu pegar emprestado com ela e bem, eu aceitei.
Relutei pra começar a ler e me dei um prazo para devolver o livro. Mas, depois que comecei o primeiro capítulo foi algo natural: em dois dias eu já tinha devorado ele inteiro. Em dois dias eu já tinha ficado pissed off, chorado, ficado feliz e torcido para uma floricultura alternativa.
E bem, como uma não profissional de crítica literária, seguirei com minhas impressões sobre o livro.
"É Assim Que Acaba" não é um romance qualquer. Colleen Hoover não tem medo de mexer naquelas feridas que você tenta esconder, sabe? O livro traz uma narrativa que mistura tanto vulnerabilidade quanto coragem, e te pega de surpresa com a força dos temas que aborda. A história de Lily não é só sobre relacionamentos amorosos, mas sobre traumas familiares, resiliência e, principalmente, autoconhecimento e isso foi uma surpresa para mim, pensei que leria um romance previsível e fui surpreendida.
Pra quem, assim como eu e você, está nessa fase dos 20 e poucos, buscando equilíbrio entre as expectativas da vida e a realidade — esse livro bate diferente. Lily é aquela personagem que você sente como se fosse sua amiga, dividindo dramas e dilemas que fazem parte de ser mulher e querer independência emocional e financeira. A relação com Ryle traz aquela química intensa, mas também um alerta sobre os sinais vermelhos que muitas vezes ignoramos. E quando Atlas entra na jogada, o passado e o presente de Lily colidem de uma forma que te faz pensar sobre como o amor e o abuso podem estar perigosamente entrelaçados. Acredito que por isso tenha feito tanto sucesso a ponto de tornar-se filme, um filme que eu ainda não assisti.
O que mais me pegou foi como Hoover desenrola a questão do ciclo da violência doméstica sem deixar o livro pesado demais, mas ainda assim sendo pesado o suficiente, nos alertando sobre como as coisas são vagarosas e como psicologicamente podem ser feitos algumas escolhas, sem nem percebermos já caímos em padrões. É como se ela te desse uma aula de empatia e autocuidado, mostrando que reconhecer o próprio valor e romper com padrões tóxicos é um ato de amor próprio. A mensagem é clara: amar é bonito, mas não pode te custar a paz.
Agora, se você está esperando um final óbvio, esquece! O desfecho é tão real que te faz pensar no quão importante é se colocar em primeiro lugar, algo que muitas vezes esquecemos no meio da bagunça dos sentimentos. "É Assim Que Acaba" é mais do que uma história de amor: é uma reflexão sobre escolhas, cura e o poder de recomeçar, mesmo quando parece que tudo está desmoronando.
Então, se você quer uma leitura que te faça questionar o que significa fim, e como todo fim pode ser também um começo, esse livro é pra você. Ah, e prepara o coração!
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